sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Álcool (crónica)

Porque bebes tu?!
É a pergunta que todos fazemos...
Olha para ti, pode ser que encontres a verdadeira resposta. Talvez os desgostos do quotidiano te façam adormecer na realidade ilusória que é a bebida, talvez seja a sensação alucinante que é o andar de um lado para o outro a provar um pouco de néctar que se torna uma falsa distorção da vida.
Mas que ganhas tu com isso? Não vês uma vida, um futuro desperdiçado por causa de uma reles garrafa? Ou será que queres ser mais que os outros? Tentar mostrar o ar que respiras, demonstrar o álcool que dominas e encontrar uma luz no teu destino... mas porquê através do álcool? Para quê? Para quê tudo isto quando na verdade não passas de um farrapo humano? Escondes a bebida como a avestruz esconde a cabeça na areia, para ganhar ou enganar o destino por mais um dia, tarde irás refletir sobre tão precoce atitude e ver com tristeza uma vida de condenado onde só existia ódio e loucura; foi uma vida de sufoco. E agora? Que hás-de fazer? Procurar a vontade para voltar atrás e reconstruir o que foi destruído.
Lembra-te reles bêbado que a causa de tal vida não são os desgostos ou as angústias mas sim a tua cobardia perante os deveres escondidos à espera de serem realizados, pois o vício fez de ti um vampiro em busca de sangue para te manter não vivo.
E aqueles que te amam? Não vês como sofrem? Roubas e matas, tiras tudo a todos que se intrometem no teu caminho da singela bebida da morte, nas tuas veias o sangue escasseia... deu lugar ao álcool... sem o qual a tua vida é miserável, antes de um gole e de outro, mais uma vez concluis que quem causou todo esse enredo foste tu e só tu! Triste conclusão, eu sei. Agora em vez de te lamentares segue a vida de cabeça erguida, sem vícios.
Vê agora com clareza que a bebida é só uma máscara que dá pelo nome de álcool, que mata e apenas esconde o que nunca existiu: A Felicidade de saber Viver!

1 comentário:

Mário Rui Santos disse...

Muitas vezes Nicole as pessoas bebem para aliviar uma dor que nem sequer sabem que sentem...mas nestas coisas as generalizações correm sempre o risco de serem insuficientes.
Este ser humano é muito pouco sabedor de si próprio, e ainda por cima distrai-se muito.
Obrigado pela visita :)