quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sociedade

Sociedade dos pobres
Sociedade dos ricos
Onde os pobres são relíquias
E os ricos são combinados
Onde os pobres se ajudam
E os ricos são castigados.
Sociedade dos burros
Sociedade dos inteligentes
Onde os burros fingem ser burros
E os "inteligentes" tentam ser inteligentes
Onde os burros permanecem
E os "inteligentes" apodrecem.
Sociedade dos humanos
Sociedade dos "não humanos"
Onde os humanos requerem uma flôr
E os não humanos exigem um jardim
Onde os humanos precisam de um abraço
E os não humanos os acha palhaço.

Sociedade, triste sociedade
Vivo com vergonha
De tanta hipocrisia
Faz-me agonia
Toda esta porcaria
Onde as regras e a sanidade
Em mim não são vontade
Onde o cinismo se espera
E há quem tolera
Onde a mentira prevalece
E um dia tudo se esquece
Sociedade, és meramente
Um mundo estranho
Que eu desdenho
E que não obtenho
Qualquer resposta (INTELIGENTE)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Que...

Que confusões de lamentação,
Que refúgio de tentação,
Que segredo de obrigação,
Que momento de fracasso,
Que ternura de solidão,
Que maresia de encanto,
Que risota no teu coração.

Que memórias entristecidas,
Que loucuras cometidas,
Que destinos traçados,
Que em mim e em ti...
Serão para sempre Amados!

domingo, 5 de outubro de 2008

Engano

Enganos, vida de turbilhão
Porque nada é certo
Porque tudo é errado
Porque quem fala
É quem mais mente
E quem é frio
É quem mais sente;
Sofre pela calada,
Chora sem ter fralda,
Envelhece o seu triste coração,
Apodrece com feridas na mão,
Esconde o que lhe vai na alma,
Enlouquece, não encontra calma
Sofoca de castigo
Eterno inimigo...
Melancolia desgraçada
Tu és tudo e eu não sou nada.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Poder


Por entre as brumas
Soltam-se as tréguas,
Por entre vapores penetrantes
Concentram-se corações sem pulso
Pensamentos sem ideias
E beijos sem paladar.
Por entre esquinas
Anseiam-se multidões, chefes ou patrões
Que usam e abusam da inocência
De quem não pode
De quem não recorre
E a quem não tem poder de mandar
Apenas de ouvir e calar
Porque quem cala consente
Mas quem manda é louco... e é demente!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Traição


Suspiro sem respirar
Alucino sem pensar
Debruço-me sobre o olhar
De quem não mais soube esperar.

Triste tragédia,
Triste acontecer,
Pois é tão triste e tão baixa
A tua horrenda maneira de ser.

Pois agora... chora
Vai embora...
Leva a mágoa, a dor e a (tua) traição
Para bem longe do meu coração.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Orgulho



Orgulho que morreste,
Tarde que escureceste,
Tristeza que ficaste,
Sozinha me abalaste.
Orgulho que não passaste duma palavra
Orgulho da podridão (?)
Orgulho que me enganaste
Que não te suporto
E não te mereço
Na tua réplica escafiada
Em meu coração
Não merece perdão...
Mera tentação
És raios de ilusão
Como gotas espalhadas num só rosto
Que caem, vão desaparecendo...
Mas magoam e ficam cicatrizes...

domingo, 20 de julho de 2008

Porque...


Porque sim, porque não
Esta tremenda traição
Porque quer, porque não quer
Ferir meu coração
Oh tradição... tradição...
Que me trouxeste a desilusão
Que paraste mas não ficaste
Neste eterno senão.
Oh mundo de ilusão
Não és bem vindo
Porque odeio, porque desprezo
Essa tua baralhação
Que me dá cabo da tentação
Porque desejo e anseio
A paz da tua alma
O calor da tua sede
O teu ciúme envenenado
O teu vexame delicado
Porque sim... porque talvez não...

domingo, 22 de junho de 2008

Inveja

São raras
E são fracas...
Não consigo descrever...
São duras
E são cruas
Naquilo que eu tenho para viver...
São livres,
São palavras,
Que eu tenho de sofrer
São... são...
Meras ressacas
Embrulhadas em espinhos
Que eu tanto adivinho
Por quem me quer parar
Pois são essas,
São essas, apenas
Que me querem Odiar!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Poema realizado na Figueira da Foz (13/06/08)

Maresia que me trouxeste
Para o infinito brilho
Desse teu mundo
Repleto de sonho e encanto.
Asas perdeste quando não eras Rei
Mas rumo ergueste
Porque contigo eu ganhei
O ganho, a glória, a memória
Dessa nascente, dessa grande vitória.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Amor verdadeiro



Soltaste o beijo
E tudo o que havia para virar
Mudaste o destino
De forma a poderes ficar
Ficar... para tão longe e tão perto
Do que há para Amar.
Amor, amor verdadeiro
Amor de um gesto, de um cortejo
De um toque, de um só desejo
Amor... eu te vejo diante de um beijo
De tudo... de um sonho
Porque é grande
Porque há para Amar
Porque é verdadeiro
Dá para acreditar
Amor, meu verdadeiro amor.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Teus lábios de mel
Serão a minha luz cintilante,
O meu resto de sol
E a minha estrada sem pedra...

quinta-feira, 6 de março de 2008

Partiste...

Que o tempo voa, eu já sabia...
O que eu não sabia era que a tua alegria iria acabar...
Porque a vida resolveu por fim ao teu corpo e alma
Porque a vida nos roubou um pouco de ti, de mim, de todos
Um bocado de nós se foi contigo
E um enorme bocado de ti ficou em nós.
Porque os teus olhos azuis
Irão encher para sempre lágrimas de saudade
Porque o teu sorriso
Ficará para sempre gravado no infinito céu
Porque eras única...
Porque eras realmente tu
E só tu...
Porque guardo a tua sabedoria
E sei que estás bem
Mas sinto a tua falta...
Pois como tu... não há mais ninguém.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Tela

Pinto...
Pinto o sabor que há em ti
Pinto, a saudade que se afasta de mim
Pinto, o requinte da tua boca macia
Pinto, o teu feitio singelo e frio.

Pinto, a chama viva que há em ti
Pinto, num só traço a (tua) beleza que dá cabo de mim
Pinto, o gesto sensual do teu corpo molhado
Pinto, amarguradamente, esse teu azedo... de desprezo!

Pinto o vermelho
Fogo de paixão,
Apago o verde
Ódio de traição,
Esboço o amarelo
Desejo de esperança,
Pressiono o azul
Só espero a bonança!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Tempestade




Chegas com uma onda
E trazes a tempestade
Nela vais mergulhando
Com medo, com ansiedade.

Estás revoltada,
Não te interessa o tudo ou o nada,
Levas à tua frente
A espuma salgada,
Derrubas sem piedade
Aquilo que não há necessidade
E, quando foges...
Não resta nada...
Nada de nada!
Porque o nada está vazio...
Porque o levaste para bem longe
Mas nunca o soubeste expulsar...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Indefinido

Rasgando por entre a nublina
Vagamente suspiro murmúrios
Voando sobre um tempo indefinido
Quebro um destino ainda perdido.

Simplificando tudo e todos
Traço um caminho sem dias, sem horas ou sem minutos
Devagar, muito devagarinho
Chego ao destino com inúmeros dissabores.

Que tempestade sem chuva!
Que chuva sem lágrimas!
Lágrimas que não são salgadas,
E salgadas que não são marés!

Mas que pranto, que suplício, que tortura,
Mas que amor, que desperdício, que secura,
Mas que cegueira, que virtude, que maluqueira,
Mas que vontade, que martírio, que bebedeira!

Liberdade


Liberdade de vencer,
Liberdade de lutar,
Liberdade de agir,
E liberdade de te adorar.

Liberdade de te ver,
Liberdade de sofrer,
Liberdade de chorar,
E liberdade de te abraçar.

Liberdade de esquecer,
Liberdade de lembrar,
Liberdade de um só gesto,
E liberdade de te poder Amar.

Liberta-me, solta-me,
Dá-me...
Dá-me apenas...
A tua liberdade.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Porquê?



Porque não compreendo
Porque me arrependo
Porque me sinto a pensar
Porque me deito a chorar?
Porque acordo com alegria
Porque anoiteço quase fria?
Porque espero o tempo
E o tempo não espera por mim?
Porque complico demasiado as coisas
E as coisas afinal até são simples...
Porque sonho acordada
E quando olho, não vejo nada
Porque contorno o mundo
E quando me levanto, bato no fundo?
Porque oiço a cabeça
E não o coração?
Porque finjo ser forte
E por dentro é apenas ilusão.
Porque sei, porque não sei...
Porquê?
É a pergunta que fica no ar... :)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Mar

Meu turbilhão de emoções...
Teu cheiro a maresia
Escondem-me por vezes a alegria,
Tuas ondas revoltadas
Em mim não são amadas,
Teus raios de luz
Derretem minha alma congelada,
Tua espuma infinita
Me devolvem a escuridão guardada,
Teus grandes segredos
Abafam em mim todos os medos,
Tuas cores brilhantes
Cicatrizam em mim bocados de areia.
Grande, grandioso
Tu és...
A minha beleza de um só mar.

Mentes preversas :)

Fala baixinho
Mas não fica sozinho
Geme docemente
E grita loucamente
Sente apaixonadamente
E vibra na mente
Desliza permanentemente
E aquece o que não é decente
Sofoca a respiração
E penetra a solidão
Ama-o...

O teu CORAÇÃO!!!
(Estavam a pensar em quê???? Com a poesia também se brinca :))

sábado, 26 de janeiro de 2008

Vem


Vem,
Trás a vontade em ti.
Teu pranto aquece
O que há de pior em mim.

Vem,
Trás a saudade contigo
Teu beijo de amigo
Que de todo me conforta.

Vem,
Trás o sol e a lua
Teu brilho infinito
Que me abafa a loucura.

Vem, eu peço-te...
Porque hoje te sinto
Neste vai e vem
De uma só vida...
Mas de duas grandes memórias.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Reencontro


No teu olhar reencontrei
A paixão de quem Amei
O Amor que procurei
E as palavras que nunca direi.

Contigo eu ganhei
O jeito de viver
O sabor do teu querer
E a memória de nunca te esquecer.

Reencontro é agora encontro
De vários anos passados
Que se torna muito presente
Em todo este tempo ausente
Aliciando um futuro bem diferente...

Sim, és tu...
Meu real reencontro!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Vontade

Vontade de te beijar
Vontade de te abraçar
Vontade de te tocar
E vontade de te Amar...

Vontade do teu mel
Vontade do teu olhar
Vontade do teu cheiro
E vontade da tua boca.

Vontade, apenas vontade...
Que a saudade deixa
E as pessoas não se queixam
Porque a vontade, essa,
É apenas minha!