quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Indefinido

Rasgando por entre a nublina
Vagamente suspiro murmúrios
Voando sobre um tempo indefinido
Quebro um destino ainda perdido.

Simplificando tudo e todos
Traço um caminho sem dias, sem horas ou sem minutos
Devagar, muito devagarinho
Chego ao destino com inúmeros dissabores.

Que tempestade sem chuva!
Que chuva sem lágrimas!
Lágrimas que não são salgadas,
E salgadas que não são marés!

Mas que pranto, que suplício, que tortura,
Mas que amor, que desperdício, que secura,
Mas que cegueira, que virtude, que maluqueira,
Mas que vontade, que martírio, que bebedeira!

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